Se eu fosse menina birrenta a esta hora estaria me jogando no chão e aprontando um auê... nossa, que difícil ter um pouco de paz. Um pouquinho besta, que dê pra trabalhar uma semana mais feliz, mais leve.

Voltando aos poucos ao meu humor normal... aquele que fica entre o bom e mal, o sarcástico e o carinhoso. Alguns destes dias que passou eu mal queria falar comigo mesma, imagina com outras pessoas. Como no trabalho não posso ficar sem falar (ainda não sei atender clientes com mímicas ou expressões faciais e fazê-los compar algo), fiquei quieta em casa. Dois dias assim... dois dias saindo disto. E hoje estou me sentindo a mulher normal de sempre.

Crise da meia-idade (que eu não sei mais se tem hífen)? Se ela existe mesmo até pode ser. Mas também tenho me sentido meio só... fases, mulher de fases, como cantou alguém.

Este ano quero ver se faço um programinha diferente no Reveillon, se é que vou conseguir viajar nesta data. Mas como ainda tenho férias para tirar acho que vai dar certo. Já tirei dos meus planos a ida ao México em dezembro. Então tenho que pensar em outra coisa. Conversei com uma amiga das bandas da Bahia. Quem sabe surge alguma coisa boa e também um bom precinho até lá?

Queria muita coisa hoje: que a dor de cabeça fosse embora, um bom livro pra ler, dez horas pra dormir, fondue de chocolate, um beijo na boca bem gostoso, encontrar uma pessoa que não vejo há anos de quem morro de saudades, marcar uma viagem de férias para amanhã. É muito? Mas é só pra hoje.

Até hoje quando vejo um filme, matéria ou leio algo tenho vergonha, me embrulha o estômago pensar na escravidão. Eu sei que ainda existe gente escrava no mundo, mas fico pensando na época dos grandes impérios o que foi feito de civilizações inteiras africanas. Famílias e culturas desfeitas, filhos, maridos, mulheres separados. Nunca foram tratados como humanos, não eram considerados da mesma raça. Tanto que após as abolições mundo afora eles continuaram sendo gente do gueto, gente que não merecia pisar no mesmo chão de uma pessoa branca... e até hoje existe isto. Tenho vergonha, muita vergonha mesmo de descender disto tudo. Uma parte de minha herança era portuguesa, outra holandesa. E claro, tenho um pé na senzala sim. Tenho ascendência negra e índia e disto não tenho vergonha.

Eu preciso confessar que chorei muito ontem com o funeral do Michael Jackson. Aliás, difícil não se emocionar, ainda mais com a filha dele no final. E descobri nisto tudo que eu gostava mais do MJ do que imaginava.

Heal the world

Make it a better place

For you and for me

And the entire human race

If you care enough for the livin

Make it a better place

For you and for me

Eles fez muitas músicas boas, mas esta é especial. E era especial para ele também. Então deixei este trecho como homenagem.

Acabei de ler uma matéria onde o IBAMA fez uma vistoria em uma carga inglesa e descobriu que em vez de material comum para reciclagem eles nos mandaram lixo. É isto mesmo? Além de todo o passado maluco de história em que eles nos envolveram (ou alguém acha que foi tudo obra do divino governo português?) agora estão nos achando com cara de depósito de lixo. Até camisinha usada tem na parada. Os brinquedos usados devem ser lavados e entregues a crianças pobres do Brasil. Fora resíduos de alimentos.

É Jôka querido, além do país da bunda agora seremos o país do lixão. A gente merece tanto? A fonte é do site globo.com

Síndrome do trio elétrico. Sabe o que é isto? É a doença daquele mané que compra um carro, gasta uma fortuna pra lotar ele de tudo quanto é equipamento automotivo do mundo e sai na rua achando que está abafando.

Poxa, me conta o que eu tenho a ver com a música que este mané quer ouvir no trânsito em pleno sol do meio-dia? Por que ele não pode fechar as porcarias dos vidros e ouvir tudinho sozinho? Quem mentiu pra ele que eu quero participar da festinha? Fora que o chão treme, alarmes de carro disparam... isto não é crime, não? Se for me dá um disque denúncia que tenho uma listinha pra denunciar.

Afe!

Hoje é dia da independência da Bahia. Pergunta se tem festa? Ca-la-ro! Tenho que dizer: ser baiano é uma eterna festa, uma eterna alegria. Fora que é "massa", é "porreta". Sim, estou falando com inveja mesmo. E sem vergonha de admitir, que é pior ainda.

Tô com sintomas de saudades, como cantou alguém. Precisando com certa urgência rever queridos. E a coceirinha no pé para viajar... ah, está faz meus sonhos todas as noites.