Ainda continuo com muitas respostas para minhas próprias perguntas sem saber direcioná-las. Ainda penso que um psicólogo seja uma boa pedida. Me resta o que? Levantar desta cadeira, sair do computador e resolver a vida...

Amanhã é dia de reencontrar amigos queridíssimos no Rio de Janeiro. Só isto me motiva mais, me anima mais. Não tem como ficar de cara feia perto destas pessoas na Cidade Maravilhosa. Não tem como nem ficar séria. Adoro esta sensação que eles me trazem. Acho que eu sou mais eu quando estou por lá. Destravo geral. O Rio de Janeiro é a minha cara e o meu coração.

Ontem estava relembrando Os Trapalhões. Eu adorava! Fez parte de boa parte da minha vida e eu adorava ir ao cinema vez os filmes deles. Sou louca pelo Mussum, tenho uma coisa querida com o Zacarias, sou fã do humor do Didi e nenhum deles teria graça sem o Dedé.

O youtube me fez rir e chorar muito com os vários vídeos que achei. E aqui está um que nunca me esqueci:



Didi interpretando uma música cantada por Bethania.

A Fal, do Drops da Fal, escreveu algumas coisas sobre ela que eu gostaria de ter escrito sobre mim:

"– É muito fácil partir meu coração.

– Sou muito, muito só. Não quero estar só, mas não quero estar com quase ninguém, equação incrivelmente complexa, jamais resolvida, jamais solucionada. A grande maioria das pessoas me enerva depois de dez minutos e, Deus sabe, enervo todo mundo depois de bem menos tempo. Mas, ao mesmo tempo, não queria ser tão sozinha.

– Queria significar alguma coisa pra alguém. Sem dramalhão, sei que vou me arrepender de ter dito isso em voz alta. Mas é verdade. Eu não significo. Sou umas palavrinhas bacanas numa tela de computador pruma meia dúzia, mas é isso. E queria mesmo era poder ser alguma coisa muito muito importante na vida de alguém. Não sou. Já fui não sou mais e nunca mais vou ser. Mas continuo querendo, mesmo sabendo que isso não acontece. Megalomania pura, tenho direito.

– Grana é uma preocupação real e diária na minha vida. Eu queria mesmo um pouco de sossego financeiro, mas essa é uma daquelas coisas que não acontecem. Eu vivo muito preocupada..."

Estas são a minha cara...

Eu acho que embruteci. Não que eu fosse uma pessoa totalmente carinhosa e dedicada, mas acho que de uns quatro anos pra cá perdi a pouca ternura que tinha. Também já fui mais brincalhona e mais alegre. Quando encontro pessoas do meu passado elas se lembram de mim por esta alegria toda. Tenho ciúmes deste meu passado. Quero ele de volta. Quero conseguir deixar de lado tudo o que me acometeu neste tempo todo e me deixou assim. E acho que perceber isto já é sinal de que posso fazer acontecer.

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás." Como disse Che em outro contexto, mas que me cabe agora.

Tenho tantas considerações a ser feitas sobre mim que acho que chegou a hora de procurar um psicólogo. Acho que seria a pessoa certa para conversar comigo no momento. Alguém que não sinta pena de mim mesma, como eu muitas vezes sinto, mesmo sabendo o quão inadequado é isto. Alguém que me ajude a colocar os meus pingos nos meus is. Estou meio cansada de falar comigo mesma sozinha dentro do carro...

Confesso: continuo cheia de vergonha! E tentando reverter isto na minha cabecinha ocupando ela com leituras, várias leituras. Estou lendo três livros ao mesmo tempo. Valha-me!! Cada um de um gênero, cada um em um momento. Loucura? Será? Bem, pelo menos a cabeça está sendo ocupada com coisa boa.

Continuo musical como da última vez em que estive por aqui... só que esta música tem a ver com as minhas maluquices que não consigo perdoar em mim mesma. Odeio sentir vergonha e quando sinto choro. E aí tenho que chorar tudo, me acalmar e começar de novo. Mas ainda estou na fase do choro, então dá-lhe música:

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe...

Me cansei de lero-lero
Dá licença
Mas eu vou sair do sério
Hum! Hum!
Quero mais saúde
Me cansei de escutar
Opinião
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar
Mais de mim!...
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Como vai? Tudo bem!
Apesar, contudo
Todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Não!
Se por acaso morrer
Do coração...
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz...
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Como vai? Tudo bem!
Apesar, contudo
Todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Não!
Se por acaso morrer
Do coração...
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz..

Se tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu este dia é hoje. Afe, nada de auto-piedade, mas eu estou bem cansada e sem vontade de muita coisa. Querendo minha cama e não ter que falar com ninguém. É possível?

Conheçam a TPM: tensão pós menstrual. Eu estou nela neste exato momento. Tenho dó de quem convive comigo, porque estou mal humorada horrores.

Eu nunca morei sozinha e isto nunca me incomodou. Ficar sozinha sempre me incomoda. Uma coisa é um final de semana, a outra é o mês inteiro que vem pela frente. Será que surto ou me acostumo e boto as pessoas para fora de casa?

"Viver, é melhor que sonhar.
Eu sei que o amor é uma coisa boa.
Mas também sei que qualquer canto é menor, do que a vida de qualquer pessoa."

Fico me perguntando: será que realmente entramos nos meios sociais atrás de sexo, como disse um blogueiro por aí? Tem gente que eu sinceramente acho que é. Aliás, posso enumerar alguns nomes. Mas não acredito que seja só para isto. Acredito que seja possível conhecer gente ou mesmo apenas trocar idéias com pessoas sem intuito sexual. Eu sou super sexualizada, mas consigo não ficar só em cima do mesmo tema o tempo todo. Tem hora que chega a ser chato. Para meio entendendor meia palavra basta. E tenho dito.

Tudo ainda muito confuso. Cada dia uma coisa diferente, uma pergunta diferente ligada ao mesmo assunto. Não sei se aguento por muito tempo. Que aliás parece não passar estes dias. Tentando me concentrar em outras coisas. Será que consigo?

Tenho me divertido bastante ultimamente. Não posso negar. De várias maneiras e com pessoas diferentes que fazem e passaram a fazer parte da minha vida. Mas tenho que confessar que há uma confusão aqui dentro junto com vários questionamentos. Mas vamos levando e analisando com cuidado tudo isto.

Totalmente a flor da pele...

Eu acho que no fundo, bem lá no fundo eu tenho medo de amar novamente. Medo de construir novamente um amor, investir nisto e depois ver tudo indo embora com um simples enter depois de um e-mail mal escrito e mal explicado.

E daí creio que vem as minhas carências atuais. Tenho amigos que eu sei que me amam, que cuidam de mim, tenho uma família fora do sério de tão querida, tenho carinho quando preciso... mas o tal do amor romântico - digamos assim - eu não tenho me permitido. Sinto a louca falta de me apaixonar, mas bloqueio antes que aconteça...

Longo processo de cura, muito longo.

Twitter é tão viciante que eu acabo me esquecendo de textos longos. E falando nisto fiz uma prova cheia de respostas longas escritas a mão. Isto basicamente não existia mais em minha vida moderna. Como foi difícil escrever, melhor, como foi difícil deixar minha letrinha - tão elogiada a vida inteira - legível.

Nesta hora sinto que devia ter continuado escrevendo cartas, mesmo que antiquadas elas me faziam produzir mais. Eram outros tempos, mas eram bons tempos. Cheirinho de carta aberta com todas as letrinhas dos amigos dentro me dão saudade.

Lembra do meu último post aqui embaixo? Então, já resolvi isto. Aliás, me resolvi e muito bem obrigada. O final de semana foi ótimo. Diferente, cheio de novidades, mas uma delícia. E tenho dito.

Odeio quando fica ansiosa por algo que estava para acontecer, conto o tempo para que chegue e o negócio é cancelado... o pior é se sentir culpada disto. Dá para me explicar melhor o que acontece comigo?

Desejos a flor da pele, tenho até medo deles... pelo menos de alguns deles.

Engraçado como tenho me sentido excluída das coisas. Será que eu deixei chegar a este ponto desta forma? Crise generalizada no ser aqui...

Já ouvi algumas vezes este poema. Talvez um dos poemas mais doces que eu conheço. Mas acredito que ele fale de amor de uma maneira em geral. Bem, o mais importante é que ele é muito bonito:

i carry your heart with me

i carry your heart with me(i carry it in
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear
no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart(i carry it in my heart)

E. E. Cummings

Quatro meses sem escrever aqui. Tanta coisa acontecendo, mas não tenho me sentido inspirada para as palavras. Aliás, isto se tornou uma constância... mas hoje me veio a vontade dos dizeres. Muitas vontades hoje, na verdade. Vontade de mandar aquele e-mail cheio de saudade para alguém que sempre morou em minhas melhores lembranças, vontade de receber um abraço forte, vontade de deixar lágrimas rolarem sem precisar dar explicações, vontade de plenitude na vida, vontade de voltar uma semana no tempo e refazer algo que deixei passar, vontade de sexo, vontade de beijo na nuca, vontade de brisa do mar, vontade de falar todas as besteiras sem pedir desculpas, vontade de gargalhar sem parecer louca... é... dia de vontades. Algumas secretas até para as palavras não ditas.

Descobrimos ontem que mamãe está com um linfoma... complicado.

E não é que 2010 começou? Meninos eu vi: 2009 passou voando! Não, eu não ganhei na mega sena da virada e por isto meus planos estão um pouco mais simples, digamos assim. Mas os planos para alegrias e felicidade continuam do mesmo tamanho. Se tiver saúde fica mais fácil ainda. Bora?