quarta-feira, junho 25, 2008

Queria eu ter conhecido pessoalmente Dona Ruth Cardoso. Perda indescritivel. Uma mulher que sempre mostrou força, carinho, integridade, inteligência, preocupação com os outros, leveza, espírito de coletividade, simplicidade. Uma mulher que nunca viveu a sombra do marido, uma mulher que sempre esteve a frente do seu tempo. Realmente... queria eu tê-la conhecido.

domingo, junho 22, 2008

CAPRICÓRNIO: O Paciente. Pessoa agressiva e sábia. Prático e rígido. Ambicioso. Humorístico e engraçado. Pode ser um pouco tímido e reservado. Tende a agir antes de pensar e podem ser às vezes pouco amigáveis. Guarda rancor. Gosta de competição. Obtém tudo o que ele quer. Gosta do conforto material e emocional, quando sua vida estiver nesses termos, ele se sentirá feliz. O Elemento Terra confere um senso de responsabilidade e confiança àqueles regidos por ele. Eles são incapazes de deixar um amigo na mão, e você sempre poderá contar com eles se estiver em apuros. São também um pouco conservadores e usam sua lógica e inteligência aguçadas para defender suas opiniões e objetivos.

Será que eu sou assim?

sexta-feira, junho 20, 2008

Em um dos casamentos que fui semana passada tocou uma música linda. Nunca tinha ouvido. Demorei uma semana (porque também tinha me esquecido do refrão) e hoje achei. Não é simplesmente uma música qualquer. É um poema do Emmanuel, psicografado pelo Chico Xavier. Alguém musicou e ficou perfeito... ainda mais para um casamento.

Alma Gêmea de minha alma,
Flor de luz de minha vida,
sublime estrela caída
das belezas da amplidão.
Enquanto eu errava no mundo...
triste e só, no meu caminho chegaste,
devagarzinho e encheste-me o coração.
Vinhas nas bênçãos das flores,
da divina claridade, tecer-me a felicidade
em sorrisos de esplendor!!
És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança.
Alma gêmea de minha alma...
Se eu te perder um dia,
serei tua escura agonia.
Se um dia me abandonares...
luz terna dos meus amores,
hei de esperar-te, entre as flores
da claridade dos céus.

terça-feira, junho 17, 2008

Hoje o dia foi pesado... que eu nunca mais precise presenciar cenas como as de hoje. Minha cabeça saiu do lugar e o corpo não aguentou. Vim pra casa mais cedo do trabalho e dormi. Só assim pra relaxar. E que amanhã tenha um sol lindo lá fora pra compensar a bagunça de hoje.

sexta-feira, junho 13, 2008

Na terra do coração passei o dia pensando - coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi:

Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.

Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.

Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável. Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.

Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.

Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.

Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.

Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.

Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.

Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.

Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.

Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.

Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.

Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.

Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.

Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!

Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também. Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.

Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu.

[Caio Fernando Abreu - Na terra do coração]

terça-feira, junho 10, 2008

Não vou nem procurar outro termo: é foda se decepcionar com alguém! Com amigo então... é pior do que qualquer namorado. Escolhas, escolhas... difícil este negócio. E difícil de aceitar algumas coisas. A tristeza é imperativa no momento.

quinta-feira, junho 05, 2008

É... precisando... precisando mesmo realizar algumas coisas. Mas enquanto eu pensar que é difícil não vou conseguir. Precisando... precisando de forças para crer que tudo é possível. Não, não é só na vida dos outros, na minha também.

terça-feira, junho 03, 2008

É tudo o que eu posso
Lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai!
Vem prá roda
Da Malemolência...

Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!...

Virou vício. Escuto sempre! Aliás, é da novela das 7. Esta e um tanto de outras viciantes que eu realmente não conhecia antes.

A vida? Tentando descomplicar. Mas parece que sou só eu... aí não descomplica, mas explica. ;) Papinho de doido hoje.

domingo, junho 01, 2008

Uma palavra perdida, já quase esquecida me fez relembrar
Juntando sete letrinhas e todas juntinhas se lê cativar
Cativar é amar, é também carregar um pouquinho da dor
Que alguém em pra levar
Cativou, disse alguém, laços fortes criou
Responsável tu és, pelo que cativou
Num deserto tão só, entre homens também
Vou tentar cativar, fazer parte de alguém...

Tenho cantado muito esta música ultimamente. Apesar de ser uma música cantada em missas ou cultos eu vou sempre me lembrar da rapoza e do Pequeno Príncipe. Nunca ninguém descreveu tão delicadamente o que é cativar alguém, o que é ser cativado. Salve Saint-Exupéry!