sexta-feira, junho 20, 2003

Direto do dia 10 de outubro de 2002...

O dia em que Oswaldo Montenegro me ligou
Quem me conhece há um tempinho sabe que eu amo Oswaldo Montenegro. Já fui a uns 10, 15 shows dele e tenho uma porção de LPs e CDs maravilhosos. Gosto do que ele escreve, gosto do estilo, da voz... e sempre tenho alguma história para contar, como a do dia em que ele ligou para mim.
Lá estava eu, para variar, na primeira fila de um show dele no teatro. Ouvi, chorei, cantei... e ficava imaginando como seria acordar com um sonoro bom dia provindo daquela bela voz.
Acabou o show e uma amiga pediu que eu conseguisse um autógrafo do menestrel. Lá fui eu, achando que era a "estrela bailarina", falei com o Mauro e pronto. Nos mandou entrar nos camarins. Eu fui com a naturalidade da Dama do Sucesso. Eu, minha irmã e a amiga. Só que pessoas curiosas ouviram e foram também. Não deu outra: camarim lotado. Fiquei pelos corredores falando com Madalena, Serginho... gente de muito talento.
Fiz uma coisa que sempre quis: subi ao palco pra ver se minha vida também cheirava a talco. Que sensação! O teatro enorme ali, aos meus pés.
Oswaldo ocupado com seus fãs e eu passeando por tudo quanto é lugar. Não sou uma pessoa muito paciente. Então escrevi um bilhete para ele no único pedaço de papel que havia em minha bolsa. Nada além de uma felicitação sobre o espetáculo.
Entreguei a ele quando estava prestes a ir embora. E ainda pedi um autógrafo assim: "Não rabisca, escreve teu nome". Ele me olhou de cima em baixo, esboçou um sorriso e rabiscou.
Bem, depois do show fui a um barzinho e de lá para casa. Chego em casa, estou tirando a maquiagem e escuto o telefone tocando. Pensei: "é o Oswaldo". Minha irmã atente e diz: "Ilvia, é o Oswaldo... pausa... Ilvia, é o Oswaldo Montenegro!!!!"
Calmamente eu peguei o telefone (tremia mais do que tudo) e disse alô. Quando eu ouvi a voz acreditei: era ele. Perguntou como eu estava, se tinha gostado do show... e eu respondi tudo naturalmente. Disse que eu tinha escrito o bilhete no meu cartão comercial e que nele tinha o número da minha casa também (verdade). Conversa vai, conversa vem e eis que surge um convite para ir até o hotel "bater um papinho". Eu sei que neste convite estava a possibilidade de ouvir o sonoro bom dia. Mas eu disse não. E por ali a conversa foi se encerrando tranqüilamente.
Eu via, e ainda vejo, Oswaldo Montenegro no Olimpo dos deuses que cantam para elevar nossos espíritos. Não consegui personificá-lo na figura do homem Oswaldo. Não me arrependo e adoro contar como foi o dia em que ele ligou para mim.

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