Hoje eu não estou muito bem. Ontem faleceu uma pessoa que eu conheci há muitos anos, quando eu era guia e voltei a reencontrar só em 99, mas depois perdi o contato novamente. O nome dele era Douglas e ele tinha 28 anos. Foi dengue. Ele era uma pessoa muito querida, por muita gente... era filho único. Isto me abalou muito. O Douglas estava seguindo uma brilhante carreira militar e estava morando em São Paulo. Meu pai foi ao enterro hoje de manhã e me disse que foi uma cerimônia ainda mais triste, já que foi realizada pele exército e tem aquela salva de tiros e o toque da corneta.
Ontem eu sai com a Jô, Carol, Pry e Rafael. Fomos para a Swingers. Eu tentei mesmo me divertir. Dancei um pouco e acabei saindo de lá as 4 da madrugada. Mas toda hora vinha a imagem do Douglas na minha cabeça. Sei lá... me veio uma sensação de culpa, de impotência... poxa, eu poderia ter procurado ele nestes dois últimos anos pra saber como estava e tudo mais, mas sempre deixei para depois. A Jô me disse para não me sentir assim, mas é tão complicado. Fica sempre um "e se" no ar.
Eu rezei muito por ele... espero que esteja num lugar lindo, cercado de coisas maravilhosas. Eu entendo que cada um tem uma missão e um tempo na terra. Que por mais que exista o livre arbitrio as pessoas passam pelo que tem que passar. E ele fez uma coisa linda em vida: soube ser alguém que fazia a diferença, que se importava com as outras pessoas. Soube ser amigo, filho. Que ele esteja realmente cheio de luz agora.
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Isto me fez pensar sobre outra coisa séria também: a dengue. Por que a gente só acredita que esta porcaria mata quando perdemos alguém próximo da gente. Todo mundo tem que levar mais a sério os cuidados para que o mosquito da dengue não se reproduza mais. Temos que acreditar que isto pode acontecer conosco sim. E é melhor pela sabedoria do que pela dor. Se cada um fizer sua parte (sociedade, governo) tudo fica mais fácil. Já temos um caminho todo percorrido.
Levemos todos a sério a campanha de combate ao mosquito da denque.
Há 13 horas
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